Sallar Isha - Foto Dr Yusuf Adamu

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terça-feira, 20 de julho de 2010

A Corte de Madri e a França


D.João VI ( O Clemente ) 27º - Rei
Em 1801, a Corte de Madri e a França declararão guerra a Portugal, por este não querer o Príncipe Regente manifestar – se contra a Inglaterra. As tropas daquelas duas nações, comandadas pelo Príncipe da Paz D.Manoel Godoy, atacaram Portugal; foi uma guerra de curta duração, finalizada pelo Tratado de Badajoz.
Napoleão, convencido de que jamais conseguiria que o Príncipe Regente de Portugal cedesse ao dominado sistema continental, fechando os portos às embarcações inglesas, resolveu invadir Portugal e tira-lo da carta política da Europa.
Quando o então Príncipe Regente D.João VI se viu ameaçado pelo exército francês, embarcou na sua esquadra no dia 29 de Novembro de 1807, com a Família Real, uma parte da Corte e alguns fiéis súditos que desejaram acompanha-lo em sua fuga para o Brasil, ficando os portugueses desamparados sem seu Regente.
Entraram os franceses em Lisboa e o General Junot, depois Duque de Abrantes, foi nomeado Governador.
Após os franceses a Casa Real Portuguesa ainda foi ocupada por:
D.Pedro IV -28º- Rei
D.Maria II -29º - Rainha
D.Pedro V 30º - Rei
A perseguição aos Mouros e aos Judeus foram intensas e implacáveis, até a expulsão total desses dois grupos tanto da Espanha como Portugal, grupos estes que conviveram em paz por um espaço de tempo e tendo neste período a língua Árabe como meio de comunicação. ”No século X a maioria dos Judeus Sepharadim falava o árabe na conversação como veículo de expressão na Península Ibérica”.(Amílcar Paulo –A Dispersão dos Sepharadim-Porto)
Antes da expulsão total foram decretadas várias expulsões em cidades da Espanha e Portugal.
1391 Conversões em massa de Judeus espanhóis ao cristianismo.
1478 Criada a Inquisição Espanhola.
1479 Estabelecido o Tribunal de Inquisição na Espanha.
1502 Em Sevilha a expulsão dos Mouros é decretada no dia 14 de Fevereiro.
1480 A Rainha Isabel ordena a expulsão dos Judeus de Andaluzia.
1482 Criado o Supremo Conselho do Santo Ofício na Espanha.
1492 Tomada de Granada.
1496 Os Judeus são expulsos de Portugal.
1501 a 1526 Conversão forçada dos Mouros ao Cristianismo.
1521 El Rey Carlos I mandou expulsar os Mouros do seu Reino.
1531 Instalação do Tribunal do Santo Ofício em Portugal.
1562 O Santo Ofício proíbe os Mouros o uso da língua Árabe.
1564 O Conselho de Inquisição de Valencia ordenou aos novos convertidos Mouros e Judeus que levassem seus familiares a missa,trazendo-os para Nova Fé.
1571 Mouros e Cristãos Novos começaram a deixar o Reino de Valencia.
1609 Expulsão dos Mouros da Espanha para África.
1622 O Negus (Imperador) Susênios recorreu aos jesuítas para obter apoio da Espanha.
1625 O jesuíta espanhol Alfonso Méndez se converte a Igreja Etíope e torna-se Abuna.
1820 Abolição da Inquisição na Espanha.
1821 Abolição da Inquisição em Portugal..
No intuito de informar o modo como eram vista as pessoas de ascendência Mourisca ou Judaica, escolhemos um fragmento do Processo contra D.Cosme Abenamir, Cristão Novo de Mouro, como chamavam os espanhóis, a saber:

“ En Valencia,30 de Mayo de 1567,en la Sala de Secreto Santo Ofício,el Inquisidor D.Jerónimo Manrique mando venir a un hombre que esta preso en las carceles de este Santo Oficio,y perguntado respondio que;De nombre cristiano se llama Juan Bautista,y de nombre Moro Amet,natural del Cairo,vecino de Sallent,edad cuarenta años,preso desde ayer.Pasando por Benguacil conocio a Don Cosme Abenamir,de color no muy blanco,bien vestido,com espada y hablo com el de lãs tierras de Berberia,muy huenas,que en inverno y en verano dan buenas frutas;y hablaron anbos del Alcoran em términos que le parecio ser Moro Don Cosme”.

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